Por Andrea Bochi
Edição: Nilza Murari
O poema “Chacina de Unaí – uma vergonha nacional”, de autoria do Auditor-Fiscal Carlos Alberto Betinho descreve, em contrapontos, o que representa o crime para o Estado, para a Justiça e para o mundo do trabalho.
Em breves palavras, o autor também critica a falta de justiça que deixa aberta a chaga da impunidade do crime que vitimou os Auditores-Fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, ocorrido em 28 de janeiro de 2004.
Leia aqui a íntegra do texto.
Chacina de Unaí – uma vergonha nacional
(Lembrança fatídica de 28 de janeiro de 2004)
A chacina de Unaí não foi um acidente de trabalho
A chacina de Unaí foi um crime contra o mundo do trabalho
A chacina de Unaí não foi um ataque a um ministério
A chacina de Unaí foi um ataque contra o Estado brasileiro
A chacina de Unaí não foi um acesso de loucura
A chacina de Unaí foi um crime covardemente planejado
A chacina de Unaí não evidenciou o Princípio da Igualdade
A chacina de Unaí evidencia o poder das classes sociais dominantes
A chacina de Unaí não demostrou a justiça cega em ação
A chacina de Unaí demostra o quanto precisamos avançar
Avançar para punir não somente os socialmente alijados e marginalizados
Se o Estado não consegue exercer a função tutelar jurisdicional
A chacina de Unaí que se arrasta no tempo é uma vergonha nacional.