Os registros da fiscalização demonstraram que as pessoas viviam em condições similares a de animais
Por Cristina Fausta
Edição: Andrea Bochi
Tratados como animais. Trabalhadores cortando toras de eucalipto com motoserras sem equipamentos de proteção, dormindo em colchões velhos e imundos, improvisados em cima de madeiras e até no curral. Essa era a vida de doze pessoas resgatadas por Auditores-Fiscais do Trabalho (AFT) da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTb/GO), em operação ocorrida no dia 17 de agosto, em conjunto com o Ministério Público do Trabalho (MPT), Policiais Federais (PF) e Rodoviários Federais (PRF).
Os trabalhadores foram resgatados em uma fazenda de Trindade. O proprietário da fazenda pagou R$ 113 mil de verbas rescisórias e mais R$ 100 mil de danos morais coletivos aos 12 trabalhadores.
Na sede da fazenda, constatou-se que as condições dos alojamentos eram precárias: falta de higiene; cômodos superlotados; colchões espalhados pelo chão dos quartos; fogão e fogareiro dentro dos quartos. Um dos trabalhadores que já não laborava mais na fazenda chegou a dormir no curral, em um colchão no chão.
As imagens do ambiente onde os trabalhadores foram encontrados são chocantes e ficou demonstrado que eles viviam em condições similares a de animas. As condições degradantes de meio ambiente de trabalho são um dos requisitos para considerar uma situação como análoga à de escravo.
O resgate foi notícia em diversos veículos de comunicação. Veja mais em Mais Goiás, Metrópoles Brasil, CBN Goiânia.