A famosa empresa chinesa Shein foi denunciada por submeter trabalhadores ao trabalho análogo ao de escravo. Disfarçado de candidato a uma vaga, o empregado da emissora britânica Chanel 4, flagrou em uma das fábricas terceirizadas que confecciona peças para a varejista, que os colaboradores trabalham até 18h por dia e costuram, em média, 500 peças de roupa diariamente.
Dentro de uma sala abarrotada de tecidos estampados, dezenas de costureiros e artesãos imigrantes confeccionam e embalam peças de vestuário para marca chinesa gigante do fast fashion. De acordo com a emissora, os trabalhadores costuram por horas seguidas e ganham aproximadamente R$ 0,20 por peça produzida, com direito apenas a uma folga mensal.
Trabalhadores que operam as instalações de confecção têxtil da cidade relataram horas que extrapolam as leis trabalhistas da China. No país asiático, deve-se laborar, no máximo, 40 horas semanais, com o teto de 36 horas extras por mês e uma folga por semana. Na investigação, alguns costureiros relataram que são imigrantes.
A marca pretende abrir até o final do ano lojas temporárias no Brasil. Uma delas será no Shopping Vila Olímpia, em São Paulo, e funcionará entre os dias 12 e 16 de novembro, enquanto a outra será aberta em Belo Horizonte até o fim do ano.