38 ENAFIT: Diretor do filme Pureza destaca caráter humanizador da atuação dos AFTs


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
24/11/2022



Também os denominou de abolicionistas. Declarações foram durante debate sobre o filme, com os enafitianos


Por Lourdes Marinho
Edição: Andrea Bochi


O caráter humanizador do trabalho feito por auditoras e auditores Fiscais do Trabalho foi destacado pelo cineasta Renato Barbieri, diretor do filme Pureza, em debate com os enafitianos.


Com base em fatos reais, o filme chama a atenção para o problema do trabalho escravo, combatido por esses profissionais. Conta a história de uma mãe, Dona Pureza, interpretada por Dira Pães, em busca do filho escravizado no garimpo, na Amazônia.


Barbieri disse que a atuação humanizada desses servidores públicos contribuiu para


criar mecanismos de combate ao trabalho escravo, como o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM)e a lista suja, entre outros. E que o grupo móvel é a política pública mais reconhecida pela sociedade.


Depois explicou como escolheu o elenco, que contou com trabalhadores resgatados interpretando eles mesmos, as vítimas.


Também falou sobre o uso de cenas reais no filme. A da criação do GEFM é uma delas. “Aqueles homens e mulheres que estão lá são abolicionistas”, disse o cineasta em mais um reconhecimento a auditoras e auditores Fiscais do Trabalho.


Antes de sua apresentação, ele estava na plateia, acompanhando outro painel que tratou do trabalho doméstico e infantil.


Ficou convencido de que este será o tema de seu próximo filme: “será um soco no


estômago da sociedade", avaliou.


Pelo visto, a fiscalização do trabalho ganhou um aliado nesta luta de dar ao trabalho e ao trabalhador o seu lugar merecido.


Filme


Por conta da proximidade com o horário do jogo do Brasil, na quinta-feira (24), o filme não foi exibido para os enafitianos. Mas a película está disponível em várias plataformas de streaming. Barbieri também informou que no próximo ano será exibido pela Rede Globo de Televisão.


Com duração de 101 minutos, “Pureza” já foi exibido em 34 festivais. Ganhou 29 prêmios nacionais e internacionais em países como França, EUA, Guadalupe, Itália, Rússia, China, Alemanha, Panamá, Bolívia, Marrocos, Cuba, Reino Unido, México, Argentina, Colômbia, Líbano e outros.


Dirigido por Renato Barbieri e produzido por Marcus Ligocki, o filme conta a história de uma mãe em busca do filho, Abel, desaparecido na Amazônia, vítima do trabalho escravo. É baseado na história real de Pureza Lopes Loyola que, durante três anos, desafiou todos os perigos para encontrar seu filho e se tornou um símbolo do combate ao trabalho escravo.


Ela denunciou o trabalho escravo que acontecia no Norte do país para três presidentes da República e em 1997 recebeu um prêmio de Direitos Humanos em Londres.


Desde 1995, quando o trabalho escravo começou a ser combatido no Brasil, os  Auditores-Fiscais do Trabalho já resgataram quase 60 mil trabalhadores vítimas deste crime.

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