Programação da Delegacia Sindical da Paraíba marca Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
28/01/2023



Por Alamara Barros, da Ascom DS/PB


Na manhã da sexta-feira, 27, integrantes da Delegacia Sindical do SINAIT na Paraíba (DS/PB) se reuniram com Auditores-Fiscais do Trabalho, autoridades do Poder Público, sociedade civil e representantes sindicais da iniciativa privada para um ato de protesto contra os mandantes e intermediários da Chacina de Unaí, que apesar de condenados, continuam em liberdade.


Na ocasião, os participantes também trataram de outros temas alusivos à Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, bem como ao Dia Nacional do Auditor-Fiscal do Trabalho, ambos celebrados no dia 28 de janeiro.


O vice-presidente do SINAIT, Carlos Silva, falou sobre o sentimento de insegurança dos Auditores, uma vez que têm que conviver com a impunidade dos envolvidos na Chacina de Unaí. “É difícil para os colegas que precisam exercer seu papel de fiscalizar e que saem todos os dias para fazer isso, e que se sentem ameaçadas, pois quem cometeu um crime tão bárbaro não cumpre a pena determinada pela justiça. Já são quase duas décadas e nós iremos continuar na luta por essa causa, não aceitamos tamanha injustiça”, completou.


O vereador Marcos Henrique também esteve presente no evento e declarou apoio às várias questões abordadas pela categoria. Uma delas foi a solicitação da assinatura do parlamentar a uma moção de apoio à luta contra a impunidade dos mandantes da Chacina de Unaí. “Podem ter certeza que eu farei questão de não só assinar, bem como de ler a moção durante a sessão. E estou à disposição caso tenham interesse em uma audiência pública sobre esse tema. Eu sempre defendi e defenderei os direitos e integridade dos trabalhadores brasileiros, não podemos mais admitir qualquer tipo de ataque à classe trabalhadora”, disse.


Para a delegada sindical dos Auditores-Fiscais da Paraíba, Tânia Tavares, esse é um momento para a categoria unir forças e lutar por pautas relevantes que estão interligadas ao papel da Auditoria Fiscal do Trabalho. “Eu participei de todos os julgamentos dos envolvidos na Chacina de Unaí, e diante de tanta crueldade narrada nos tribunais, é inadmissível que os mandantes e réu confesso continuem em liberdade sem pagar pelo que fez. Não iremos cruzar os braços até que a justiça seja feita”, completou.


Outro tema abordado durante o evento foi o resgate de trabalhadores escravizados. De acordo com a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), do Ministério do Trabalho e Emprego, pelo menos 23 paraibanos foram resgatados de trabalho análogo ao de escravo em todo o Brasil em 2022. Todas eram mulheres autodeclaradas pardas, sendo que 67% delas disseram ser analfabetas e outras 33% estudaram até o 5º ano. A atividade em que mais houve exploração de mão de obra na Paraíba, com relação ao número de resgatados, foi a de serviços domésticos, que totalizou três resgates.

Tânia Tavares falou ainda que além da luta por justiça na Chacina de Unaí, a categoria não medirá esforços para que os índices de trabalho escravo diminuam cada vez no país, principalmente no Nordeste, incluindo a Paraíba.

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