Fórum tem o objetivo de gerar oportunidades e criar ações e projetos voltados para as mulheres no mercado de trabalho
*Com informações da SRT/ES.
O estado do Espírito Santo criou nesta segunda-feira, 27 de fevereiro, a Rede Capixaba Mulher e Trabalho, por iniciativa da Superintendência Regional do Trabalho no Espírito Santo (SRT/ES). O objetivo é gerar um fórum permanente, com agenda ampla, para tratamento de questões relacionadas ao mercado de trabalho e relevantes para a mulher, a exemplo da inclusão com equidade, da qualificação profissional e do combate à violência.
A ação conta com a parceria e participação efetiva de diversas instituições públicas e privadas, entre elas a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/ES); o Tribunal Regional do Trabalho (TRT/ES); o Ministério Público do Trabalho (MPT/ES); o Instituto Federal do Espírito Santo (IFES); a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES); a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes); a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio/ES); centrais sindicais de trabalhadores; o governo do estado; prefeituras; a Câmara de Vereadores de Vitória, representada pela vereadora Karla Silva Coser; Sistemas de Emprego Geral (Sines), e o Sistema S.
Sobre a inserção no mercado de trabalho, a rede deverá propor mecanismos que ampliem as ofertas de trabalho para mulheres, além de melhores condições remuneratórias e de qualidade de vida. Para tanto, o fórum conta com os Sines do estado e dos municípios da Grande Vitória. Com a iniciativa, espera-se também que as estruturas e o papel dessas instituições sejam fortalecidos.
Com o propósito de ampliação e aprimoramento das ofertas de ensino profissional e qualificação voltados para a mulher, estão inseridos na rede o Sistema S (Sebrae, Sesi, Senac, Senai, por exemplo), a UFES e o IFES. Outras instituições de ensino e qualificação profissional também deverão aderir ao fórum.
Com relação ao combate à violência praticada contra a mulher no mercado de trabalho, importa lembrar que a SRT/ES, o TRT/ES, o MPT/ES, a OAB/ES, as centrais sindicais, entre outros, desenvolvem ações com essa finalidade. A rede deverá potencializar essas ações e desenvolvê-las de forma interinstitucional, o que certamente ampliará os resultados e benefícios almejados.
Outras questões indiretas, que permeiam a vida da mulher nas relações de trabalho, também deverão ser tratadas. Exemplos são o número de creches e vagas ofertadas e as atuais condições das unidades de saúde.
No dia 22 de março, uma nova reunião ocorrerá na sede da SRT/ES para formalizar a constituição da Rede Capixaba Mulher e Trabalho, por meio da assinatura de um Termo de Compromisso. Na ocasião, também serão definidos os comitês, as equipes de trabalho e o calendário anual das reuniões do fórum, que serão mensais.
Desigualdade de participação e salarial
O último Censo do IBGE, realizado em 2019, demostra crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho. Contudo, a participação feminina continua bem menor e a remuneração das mulheres ainda é 22% inferior à dos homens. Essa diferença chega a 38% em cargos gerenciais. A pesquisa também evidenciou que ter filhos pequenos está entre as muitas barreiras enfrentadas pelas mulheres no mercado de trabalho.
A Rede Capixaba Mulher e Trabalho atuará fortemente para minimizar os efeitos dessa realidade vivida pelas mulheres no mercado de trabalho estadual.