Chacina de Unaí: Viúvas dos Auditores-Fiscais do Trabalho assassinados são recebidas pelo ministro do Trabalho


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
08/03/2023



Reunião ocorreu a pedido do ministro e por intermediação do SINAIT, que também participou do encontro e reforçou pedido por justiça


Por Dâmares Vaz
Edição: Andrea Bochi


Por intermediação do SINAIT, as viúvas dos Auditores-Fiscais do Trabalho assassinados na Chacina de Unaí foram recebidas pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, nesta terça-feira, 7 de março. Em pauta, a efetiva punição dos mandantes do crime que, mesmo condenados, permanecem em liberdade. A reunião ocorreu também a pedido do próprio Marinho, que prestou solidariedade e apoio às famílias das vítimas do crime. O chefe da pasta ainda expressou pesar em razão de os assassinos estarem soltos, mesmo passados quase 20 anos da ocorrência do crime.


O presidente do Sindicato, Bob Machado, a presidente do Conselho de Delegados Sindicais, Olga Machado, e a diretora Rosa Jorge participaram da reunião. Eles contribuíram para relatar o histórico de atuação da entidade pela punição de Antério e Norberto Mânica, José Alberto de Castro e Hugo Alves Pimenta.


O presidente da entidade ressaltou que a lembrança da chacina e a falta de justiça no caso são um peso para todos os Auditores e Auditoras-Fiscais do Trabalho. “O SINAIT, a categoria, a sociedade não podem aceitar a impunidade. E viemos aqui, ministro, pedir seu apoio para que seja possível avançar na luta”, afirmou Bob Machado.


Genir Lage, viúva do Auditor João Batista Lage; Marinez Lina de Laia, viúva do Auditor Erastóstenes de Almeida Gonsalves, e Helba Soares, do Auditor Nelson José da Silva, falaram do sentimento de impotência que os 19 anos de impunidade causam nas famílias. Marlene Oliveira, viúva do motorista Ailton Pereira de Oliveira, não pôde participar do encontro por motivos de saúde. Indagadas pelo ministro sobre como estão os filhos dos Auditores, as mulheres ressaltaram que eles seguiram a vida, estudam e trabalham, mas que a dor emocional da perda persiste.


Marinho assumiu o Ministério do Trabalho pela primeira vez em 2005, um ano depois da chacina, ocorrida em 28 de janeiro de 2004. Ele chegou a acompanhar a história e contribuiu para dar celeridade aos atos administrativos que concederam o amparo do Estado às famílias.


O ministro do Trabalho se comprometeu a empenhar esforços para que o julgamento dos recursos dos criminosos tenha celeridade, resultando na prisão deles. Os recursos de Norberto, José Alberto e Hugo tramitam no Superior Tribunal de Justiça. Antério Mânica, novamente condenado por júri popular em maio de 2022, terá recursos julgados pelo Tribunal Regional Federal da 6º Região.


Ao longo desses 19 anos, as penas dos mandantes foram reduzidas algumas vezes, um julgamento foi anulado, outro julgamento ocorreu. Os réus puderam, durante todo o período, responder em liberdade.


O SINAIT ainda entregou ao ministro o livro “Chacina da Unaí – A luta do SINAIT por justiça”, editado pela entidade, que conta a história do crime e da atuação do Sindicato pela punição de todos os envolvidos na chacina.


Pelo Ministério do Trabalho e Emprego, participaram ainda da reunião a chefe de Gabinete, Lene Teixeira; a chefe de Gabinete da Secretaria- Executiva, Luciana Nakamura; e os assessores especiais Malu Valle e Raimundo Silva.

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