RS: Fiscalização resgata nove trabalhadores da escravidão, em atividades de extração florestal em Triunfo


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
13/07/2023



*Com informações do Ministério do Trabalho e Emprego


Auditores-Fiscais do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul (SRT/RS) resgataram nove trabalhadores encontrados em condições análogas às de escravo no município de Triunfo, no estado. A ação fiscal foi realizada na primeira semana de julho e teve a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT-RS) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).


Foram inspecionados cinco estabelecimentos que desenvolviam atividades rurais, urbanas e domésticas, nos municípios de Porto Alegre, Viamão, Osório e Triunfo. O foco das ações foi a identificação de situações de trabalho degradante e irregularidades trabalhistas, com o objetivo de garantir a proteção dos direitos dos trabalhadores.


Em três frentes de trabalho em Triunfo, trabalhadores vinham exercendo atividades de extração florestal. Nelas, os Auditores-Fiscais do Trabalho constataram que eles eram mantidos alojados em precários barracos de lona, sem instalação sanitária, sem água encanada e potável para o consumo, e sem locais para preparo, consumo e conservação dos alimentos.


Os trabalhadores dormiam em barracas de camping montadas dentro dos barracos de lona, sobre colchões dispostos diretamente no chão ou sobre estruturas improvisadas com tocos de madeira. Um deles dormia dentro de um veículo. Faziam suas necessidades fisiológicas no mato e não tinham meios adequados para realização de asseio pessoal. As refeições eram preparadas em fogareiros improvisados no chão.


Os resgatados eram todos homens e maiores de idade, com idades variando de 20 a 40 anos. Eles eram oriundos de cidades da própria região e realizavam atividades de corte, desgalhe, transporte e empilhamento de madeira de eucaliptos e acácia na zona rural de Triunfo. O tempo de trabalho nas condições degradantes variava, mas a maior parte estava nessas funções havia um ou dois meses.


Eles foram imediatamente resgatados pelos Auditores e tiveram garantidas suas verbas salariais e rescisórias, no valor total de R$ 29 mil. A Auditoria emitiu ainda para as vítimas as guias do seguro-desemprego do trabalhador resgatado, que concede três parcelas de um salário-mínimo a cada resgatado. Os trabalhadores também retornaram para as suas residências na região.

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