Com informações da coluna de Leonardo Sakamoto, no Uol
Dados da Coordenação-Geral de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Análogo ao de Escravizado e Tráfico de Pessoas (CGTRAE) do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que a fiscalização do trabalho resgatou 3.190 trabalhadores de condições análogas às de escravo em 2023 no Brasil. O número é o maior desde os 3.765 resgatados em 2009. Foram 598 operações de fiscalização em estabelecimentos urbanos e rurais e R$ 12.877 milhões de verbas trabalhistas pagas nos resgates, dois recordes no período de um ano.
Com isso, o país ultrapassou 63,4 mil trabalhadores flagrados desde a criação dos grupos especiais de fiscalização móvel, base do sistema de combate à escravidão no país, em maio de 1995. A totalização está passando por revisão e pode oscilar para cima.
A atividade de onde mais trabalhadores foram resgatados foi o cultivo de café (300 pessoas), seguida pelo plantio de cana-de-açúcar (258), a limpeza e preparação da terra (249) e o cultivo de uva (210)
Mas considerando a quantidade de operações de resgate, a atividade econômica campeã foi a criação de bovinos de corte (62 operações), seguida por serviços domésticos (59), o cultivo de café (54) e a construção civil (34).
Levando em conta esses números parciais, Goiás foi o estado com o maior número de resgatados (735), acompanhado por Minas Gerais (643), São Paulo (387) e Rio Grande do Sul (333).