Ao aposentar-se AFT fala da carreira


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
06/05/2009



O SINAIT divulga, com muito orgulho, a carta da colega AFT de Osasco - São Paulo, Lourdes Correia de Almeida Neves, que descreve a realização de anos de doação no cargo de Auditora Fiscal do Trabalho. Agradecemos o envio e autorização para divulgar sua carta de despedida da ativa e pelo incentivo que suas palavras representam para quem está iniciando a carreira. 


Vale conferir.


 


São Paulo, 28 de Abril de 2009.


 


Caras (os) colegas Auditoras(es), demais colegas da nossa instituição MTE, colegas terceirizados da SRTE/SE e SRTE/SP, amigos Sindicalistas, amigos Incentivadores do bom desempenho do nosso papel de “Servidora Pública” da União. Face à concretude da minha aposentadoria, quero dividir com vocês a minha gratidão, pelo simpático interesse e atenta dedicação ao continuo andamento do nosso trabalho, na busca do respeito nas relações do mundo do trabalho, responsável pelo crescimento e desenvolvimento do nosso país.


Ser Auditora Fiscal do Trabalho me fez acreditar que parceria, transversalidade e reorganização, com planejamento na “Ação Fiscal”, ajudam a levar para as organizações dos trabalhadores (as) e empregadores (as) um olhar de construção institucional de políticas ativas de emprego e a construção de mecanismos legais e ideológicos da re-elaboração de uma ética do trabalho.


Foi planejando uma “Ação Fiscal”, no setor de transporte, na sede do sindicato, que recebi a notícia da minha aposentadoria. Naquele momento, a aposentadoria vira para mim um processo de criação, valorizando a importância do papel da Auditoria Fiscal. Razão que me faz afirmar aos colegas e amigos, que a minha aposentadoria vira “Interação Social”. Aqui quero lembrar que os grandes filósofos e estudiosos nos transportam para entender que a reflexão é essencial à humanidade, que o homem, como homem, é livre.  E assim, percebemos nossa evolução quando constatamos que as pessoas não são mais amontoadas, sob pressão da pobreza e da alienação do trabalho, elas são agrupadas em classes sociais e politicamente atuantes.


Com particular intensidade, mas de maneira alguma com exclusividade, buscamos como profissional adequar nossas ações com o olhar para um mercado de trabalho saudável, buscando adaptações estratégicas das necessidades de combate à precarização do emprego e de ajustes necessários no “Sistema Público de Emprego e outras políticas públicas”.


Paralelamente, acredito que, nós Auditores, contribuímos muito no combate à violência, que nasce principalmente pela interferência de aspirações frustradas dos direitos de comunidades, fortalecida, também, na questão do desemprego e dos ambientes de trabalho insalubres, que são uns dos itens mais afetados pela crise financeira mundial. Neste sentido, um bom diálogo com o MTE, é fundamental.


Quero, ainda, lembrar o quanto foi gratificante aprender com todos vocês na minha caminhada de Auditora. Como agradecimento, deixo de presente o que escreveu Lord Acton: “Se o passado foi um obstáculo e um peso, o conhecimento do passado é a emancipação mais segura e mais garantida”.


Com carinho, continuaremos nossa caminhada por um Mundo melhor para a humanidade. Um abraço especial para cada um que receber esta carta.


 


Lourdes Correia de Almeida Neves

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