As reformas estruturais do governo terão prioridade nas duas casas legislativas
Por Lourdes Marinho
Edição: Nilza Murari
O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) foi eleito nesta segunda-feira, 1º de fevereiro, presidente da Câmara dos Deputados e ficará no comando da Casa pelos próximos dois anos, até 2023.
Lira recebeu 302 votos, mais que o dobro do segundo colocado, Baleia Rossi, que obteve 145 votos, e mais que a metade dos 505 votantes. Com isso, a vitória foi definida já no primeiro turno.
Líder dos partidos de centro-direita, que fazem parte da base do governo na Câmara, o deputado teve o apoio do Palácio do Planalto. O presidente da Câmara é o responsável pela definição da pauta de votação do plenário.
Lira definiu prazo até as 11h desta terça, 2 de fevereiro, para a escolha dos candidatos e até as 13h para o registro das candidaturas. A eleição foi convocada para as 19h. Cargos na Mesa Diretora são distribuídos de forma proporcional entre os blocos.
Pautas econômicas serão prioridade
Lira deve priorizar nos primeiros meses de gestão a aprovação de pautas econômicas como orçamento da União, a PEC Emergencial - que cria gatilhos para reduzir as despesas públicas, entre elas os salários de servidores, a PEC 32/2020, que promove a reforma administrativa, e a reforma tributária.
A reforma administrativa está na Câmara, aguardando despacho do presidente para início de sua tramitação na Casa. Lira já sinalizou que as comissões serão instaladas em breve para que a reforma comece a ser debatida.
Biografia
Arthur Lira (PP-AL) tem 51 anos e está no terceiro mandato como deputado federal. Empresário, agropecuarista e bacharel em Direito, Lira iniciou a vida pública em 1993, quando se elegeu vereador em Maceió. Antes de chegar à Câmara, também foi deputado estadual em Alagoas. É filho do atual prefeito de Barra de São Miguel (AL), o ex-senador Benedito de Lira. O parlamentar é ex-membro da "tropa de choque" de Eduardo Cunha (MDB) e político habilidoso como líder do centro-direita.
Veja aqui mais informações sobre o perfil e a trajetória política do novo presidente da Câmara.
Senado
O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi eleito presidente do Senado por 57 votos. O parlamentar vai ocupar a Presidência por dois anos. A segunda colocada, senadora Simone Tebet (MDB-MS), recebeu 21 votos.
Ao todo, foram 78 votos depositados em urna. Três senadores deixaram de votar. O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) está licenciado do mandato e os senadores Jacques Wagner (PT-BA) e Jarbas Vasconcellos (MDB-PE) disseram se ausentar por motivos médicos.
Assim como Arthur Lira, Rodrigo Pacheco já afirmou em pronunciamento que o Senado terá muito trabalho e que as reformas estruturais encaminhadas pelo governo, no fim de 2019, serão pautas prioritárias no início dos trabalhos legislativos.
Rodrigo Pacheco marcou para esta terça, 2 de fevereiro, reunião preparatória para eleição dos demais integrantes da Mesa. São dois vice-presidentes e quatro secretários e suplentes.
Biografia
Rodrigo Pacheco tem 44 anos e está no primeiro mandato como senador. É advogado e já foi deputado federal. Na Câmara, foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, entre 2017 e 2018.
Nascido em Porto Velho (RO), mudou-se ainda criança para a cidade de Passos (MG), onde cresceu. Depois começou a carreira de advogado em Belo Horizonte. Formado pela PUC Minas, é especialista em direito penal econômico e atuou na área criminalista até 2016.
O SINAIT seguirá trabalhando e empenhando todos os esforços para evitar prejuízos para os Auditores-Fiscais do Trabalho presentes nos projetos de emendas constitucionais e outros em tramitação no Congresso Nacional, sempre no sentido de preservar e aumentar as prerrogativas da categoria e seus direitos.