No Pensar Brasil, SINAIT trata do trabalho escravo, da Chacina de Unaí e do filme Pureza


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
13/05/2022



Por Solange Nunes
Edição: Andrea Bochi 


“O trabalho escravo é uma chaga que precisa ser combatida por todos”, declarou o presidente do SINAIT, Bob Machado, durante sua participação, no evento Pensar Brasil - Diálogo sobre Trabalho, Desenvolvimento e Futuro, nesta quinta-feira, 12 de maio, no Museu do Amanhã, na capital carioca, no Rio de Janeiro. O encontrou contou ainda com a participação do diretor da entidade, Renato Bignami, e do delegado sindical no Rio de Janeiro, Daniel Pereira Ferreira. 


Bob Machado participou do painel que tratou do filme Pureza, quando dividiu o palco com o diretor da obra, Renato Barbieri, e a atriz Goretti Ribeiro. O Sindicato Nacional é um dos apoiadores do projeto com mais 84 entidades.


Para o presidente, o evento Pensar Brasil, suscitou várias reflexões, dentre elas, a perspectiva de um mundo melhor, com trabalho decente e seguro para todos, ocasião, em que reiterou e completou a frase do diretor Barbieri, “o trabalho escravo é uma chaga viva da nossa sociedade que, infelizmente, como registrou Renato Barbieri, vem desde o descobrimento do Brasil, mas, tem que acabar”.


Bob Machado lembrou ainda que, o mês de maio, é um mês importante para a categoria. “Maio tem sido para nós, Auditores-Fiscais do Trabalho, um mês emblemático, Dia do Trabalho, e para toda a rede de proteção, período que exige ação continua a fim de acabar com o trabalho escravo; denúncia reiterada no Filme Pureza que teve o apoio do SINAIT em sua realização”.


No entanto, o presidente esclareceu que a luta contra o trabalho escravo não é responsabilidade apenas das redes de proteção, é uma ação que requer o envolvimento de todos. “Essa chaga precisa ser combatida pelo conjunto da sociedade”.


Destacou, também, “tudo que tratamos hoje aqui sobre a desigualdade social, aumento da vulnerabilidade, especificamente com a pandemia da Covid-19, entre outras mazelas sociais, contribuem para o trabalho escravo. É nosso dever, enquanto entidades e somos 85 entidades que fazem parte da rede de proteção e contribuem de alguma forma para o combate do trabalho escravo”, explanou Bob Machado.


Chacina de Unaí


Na ocasião, Bob Machado disse que no próximo dia 24 de maio acontecerá o julgamento de um dos acusados de ser mandante da Chacina de Unaí, que completou no último dia 28 de janeiro, 18 anos, “sem que os mandantes tenham cumprido pena, apesar de condenados há mais de 100 anos”.


O presidente explicou que, “nós, Auditores-Fiscais do Trabalho, tivemos três colegas Auditores e um motorista do Ministério do Trabalho, naquele dia 28 de janeiro de 2004, brutalmente assassinados, durante uma atividade cotidiana de fiscalização, visando a proteção do trabalhador. São seres humanos que são explorados por essa cultura escravagista, da qual fazem parte os maus empregadores”.


Por isso, enfatizou Bob Machado, “cabe a nós, todos, apoiar a iniciativa do filme muito bem executada pela equipe do filme, e também assumir o dever, não só do SINAIT, mas, de todas as entidades que participam do evento Pensar Brasil, que é o de trabalhar para mudar essa realidade”.

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