Chacina de Unaí - Inicia segundo julgamento de Antério Mânica


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
24/05/2022



Por Andrea Bochi


O novo julgamento de Antério Mânica, um dos acusados de ser mandante da Chacina de Unaí, começou por volta de onze horas da manhã desta terça-feira, 24 de maio, na sede da Justiça Federal em Belo Horizonte. O Sinait, a Delegacia Sindical da entidade em Minas Gerais e a Associação dos Auditores Fiscais – AAFIT/MG realizaram um protesto em frente ao prédio por justiça e paz, com faixas e cartazes e uma cantora lírica entoou o Hino Nacional. Os


Auditores-Fiscais do Trabalho pediram justiça pelos colegas assassinados. Antério Mânica chegou às 8h20 da manhã ao local do julgamento, acompanhado de seus advogados e da filha. Em entrevista aos repórteres, o presidente do Sinait, Bob Machado, falou sobre as expectativas para a condenação do acusado e destacou que todos pedem paz e, para isso, é necessário que Antério seja novamente condenado e juntamente com os demais mandantes seja preso e que todos cumpram suas penas.


A sessão começou com o sorteio dos jurados: cinco mulheres e dois homens. Serão ouvidas testemunhas de acusação e de defesa. O primeiro a depor, como testemunha de acusação, foi o delegado da Polícia Civil Wagner Pinto de Souza, que iniciou as investigações do crime.


Segundo ele, não havia dúvidas de que se tratava de crime encomendado. Disse também que os acusados de serem mandantes estariam “descontentes” com a atuação do Auditor-Fiscal do Trabalho Nelson, o alvo inicial do crime. Explicou que são três as perguntas iniciais em uma investigação de crimes e contou que diante das provas coletadas inicialmente se tratava de emboscada da qual foram vítimas os Auditores-Fiscais e o motorista. Concluíram que, segundo ele, tudo decorreu das fiscalizações realizadas pelo Auditor-Fiscal, Nelson da Silva.


O Ministério Público está representado pelas procuradoras da República Mirian Lima, Aldirla de Albuquerque e Juliana Santa Rosa Câmara. A juíza que conduz o julgamento é Raquel Vasconcellos.


O caso - No dia 28 de janeiro de 2004, três Auditores-Fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira foram assassinados durante uma fiscalização rural no município de Unaí (Minas Gerais). Em 2015, todos os acusados de serem os mandantes do crime foram condenados a penas acima de 99 anos de prisão.


A expectativa de duração do julgamento é de três dias. Nesta terça-feira, 24, a expectativa é que sejam realizadas apenas as oitivas das testemunhas.

Categorias


Versão para impressão




Assine nossa lista de transmissão para receber notícias de interesse da categoria.