Seis testemunhas de acusação foram ouvidas no primeiro dia do novo julgamento de Antério Mânica, na terça-feira, 24 de maio. Julgamento é retomado nesta quarta-feira (25)
Por Andrea Bochi
Seis testemunhas de acusação foram ouvidas no primeiro dia do novo julgamento de Antério Mânica, na terça-feira, 24 de maio. O Auditor-Fiscal do Trabalho Afrânio Gonçalves Soares foi interrogado a respeito dos procedimentos nas operações e sobre as fiscalizações às fazendas de Antério Mânica. A juíza Raquel de Vasconcellos questionou sobre as fiscalizações em fazendas da região e se foram constatados problemas recorrentes. Segundo o Auditor, foram várias as fiscalizações em diversas fazendas da região.
O então comandante de policiamento em Unaí, Vilmar da Silva Ferreira, por sua vez, contou como ajudou no resgate dos corpos e que encontrou a camionete que levava Ailton ainda com vida, para o hospital. “Conversei com o Ailton, que conseguiu contar quem era e o que havia ocorrido, entre outros detalhes, como o telefone do Ministério do Trabalho.
O ex-delegado de Polícia Civil Wagner Pinto de Souza confirmou uma das principais provas que ligam o fazendeiro Antério Mânica à Chacina de Unaí. Durante o julgamento, nesta terça-feira, 24 de maio, ele sustentou que um veículo igual ao da mulher do réu foi visto no local onde estavam os executores dos assassinatos e os intermediários do crime.
A juíza interrogou o então delegado do Trabalho, Carlos Calazans, a respeito de reuniões na assembleia e palavras contundentes que proferiu direcionadas à Antério. Calazans esclareceu que sua conduta sempre foi buscando o esclarecimento da verdade. Contou como ficou sabendo do ocorrido e que estava em Brasília.
O ex-superintendente falou sobre a determinação do ministro da Justiça sobre a constituição de uma força-tarefa para investigar e elucidar o crime. Calazans disse que Antério fez duas ligações para agência em Paracatu e se identificou. Questionado sobre as fiscalizações de Nelson, Calazans disse que ele fiscalizava todas as fazendas de forma rotineira.
A terceirizada no Ministério do Trabalho, Rita Cristina Mundin, trabalhava na unidade do Ministério do Trabalho em Paracatu e contou que recebeu uma ligação no dia do crime e a pessoa perguntou se havia acontecido algum crime e se os fiscais tinham morrido. Segundo ela, a pessoa se identificou como Antério Mânica. Rita acrescentou que, após 20 minutos, a mesma voz disse ao telefone que já sabia que os fiscais estavam mortos e que se identificou novamente como Antério Mânica.
O julgamento foi suspenso às 22h desta terça-feira, 24 de maio, para ser retomado na quarta (25), às 8h30.