Por Solange Nunes
Edição: Andrea Bochi
Em encontro virtual, integrantes do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), do qual o SINAIT participa, reuniram-se nesta terça-feira, 21 de junho, para analisar o ato “Ocupa Brasília” e organizar novas atividades em prol da reposição salarial para todos os servidores públicos. O diretor de Relações Intersindicais do SINAIT, Marco Aurélio Gonsalves, participou do encontro.
Os dirigentes comemoraram o ato “Ocupa Brasília”, no dia 14 de junho, apoiado pelo Fonasefe, que defendeu a Educação Pública e protestou contra as privatizações. A concentração ocorreu em frente ao Anexo II da Câmara dos Deputados e seguiu em passeata até o Ministério da Educação (MEC).
Além disso, durante os protestos, os manifestantes cobraram também do governo e do Congresso Nacional, a recomposição salarial de 19,99%, como parte da luta dos Servidores Públicos Federais (SPFs), também a revogação da Emenda Constitucional (EC) nº 95 (Teto dos Gastos), bem como o arquivamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, que trata da reforma administrativa, para reverter o sucateamento das políticas sociais e serviços públicos. Denunciaram, ainda, a entrega da Eletrobrás e os processos de privatização de empresas como a Petrobras, os Correios, entre outras.
Na reunião virtual, os sindicalistas destacaram a necessidade de reforçar a união das categorias, insistindo na importância de chamar a atenção da sociedade e dos colegas servidores para o desmonte que o governo vem promovendo com os sucessivos cortes orçamentários.
De acordo com Marco Aurélio, o SINAIT e os servidores públicos estão atuando em várias frentes, buscando a união das categorias das esferas municipal, estadual e federal, em prol da manutenção dos serviços públicos e da valorização dos servidores. “A união das categorias é uma prioridade, precisamos estar juntos para vencermos estes desafios, fortalecer as categorias e conseguir a recomposição salarial linear para todos”.
Ao final da reunião, os representantes das entidades deliberaram a produção de uma nota em protesto pela morte de Bruno Pereira, indigenista e servidor público da Funai, que estava desaparecido na região do Vale do Javari, no Amazonas, e cujo corpo foi localizado e sua morte por assassinato foi confirmada pela Polícia Federal. O documento, após aprovado, será posteriormente divulgado pelas entidades.
Agenda em construção que aguarda deliberação:
23 de junho - Greve dos servidores da Funai em frente às sedes da Funai pelo Brasil e no DF;
27 e 29 de junho - Construção dos Ocupa Universidades, Institutos e Cefets (Setor da educação);
4 a 7 de julho - Jornada de Luta em Brasília nos moldes da PEC 32/2020, pela recomposição dos orçamentos, pela reposição salarial e contra as privatizações.