MG – 43 trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão na colheita do café


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
05/08/2022



Operação Resgate II flagrou os trabalhadores sem pagamentos e expostos a riscos de acidentes


Quarenta e três trabalhadores foram resgatados por Auditores-Fiscais do Trabalho de condições análogas à de escravo em Araxá, durante a Operação "Resgate II", que começou em 4 de julho em todo o país.


Os resgatados trabalhavam na colheita de café e criação de bovinos para corte. Segundo os Auditores-Fiscais, os trabalhadores foram encontrados laborando em condições muito precárias, inclusive, muitos deles arregimentados de outros estados, sem registro na carteira de trabalho, sem alimentação e água potável, submetidos a jornadas exaustivas e sem fornecimento de equipamento de proteção individual.


Em razão da falta de equipamentos de proteção e das condições dos alojamentos, os trabalhadores estavam expostos a todo o tipo de intempéries e, em alguns casos, até mesmo a animais peçonhentos.


Minas Gerais foi o segundo estado com mais pessoas resgatadas na operação. Ao todo, foram 82 trabalhadores. Sete cidades mineiras receberam equipes de fiscalização que estiveram focadas principalmente em propriedades rurais: Nova Era, Poços de Caldas, Araxá, Boa Esperança, Conselheiro Lafaiete, Divinópolis e Uberlândia.


De acordo com os Auditores, em muitos casos, os trabalhadores eram iludidos com falsas promessas de pagamento por produtividade, mas não tinham controle da própria produção.


Os empregadores foram notificados a interromper as atividades e formalizar o vínculo empregatício dessas pessoas, bem como a pagar as verbas salariais e rescisórias devidas aos trabalhadores, que somaram mais de R$ 3,8 milhões.

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